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BIBLIOTECA PÚBLICA: CONTEXTO E PSICOLOGIA AMBIENTAL

Projeto individual de conclusão de curso desenvolvido no quinto ano da faculdade de arquitetura. A proposta apresenta estratégias da psicologia ambiental e estudo do contexto para melhorar a relação entre edifícios públicos e as pessoas além de incentivar a leitura, troca de informações e produção de conhecimento e arte no ambiente da biblioteca pública. O caminho que as pessoas faziam no terreno vazio foi preservado e a partir dele a forma do edifício foi criada.

Durante as pesquisas sobre propostas contemporâneas e teorias sobre o tema, ficou explícita a importância do sentimento de apropriação por parte dos usuários com os edifícios públicos, tanto para a sua manutenção, quanto para o seu usufruto. Portanto, o conceito principal do projeto da biblioteca pública para Londrina foi o respeito ao povo e ao lugar.

O primeiro e principal partido arquitetônico foi manter o caminho que as pessoas fazem naturalmente para atravessar o terreno. Como forma de convidar o usuário a conhecer o edifício da biblioteca, esse caminho passa pelo meio do edifício.
Nessa área foram planejados os acessos principais, o caminho para a travessia e usos convidativos para chamar a atenção dos transeuntes.


A partir desse ponto foram planejados os demais ambientes. Nessa etapa foi importante compreender como seria feita a setorização de forma mais adequada, pois muitos ambientes incluídos no programa são ruidosos e poderiam acabar atrapalhando a utilização das áreas de leitura. Então, além de setorizar os acervos de acordo com o público, o projeto foi setorizado em áreas ruidosas, áreas menos ruidosas e o espaço de transição entre eles com ruído moderado.


Por questões climáticas, desnível do terreno e exigências do programa, o auditório ficou localizado na face oeste, num volume enterrado. Com a intenção de combater a alta incidência solar e de calor nessa face, a cobertura do pavimento térreo sai do nível da calçada com a inclinação de 6,25% funcionando também como uma rampa que dá acesso à uma praça terraço. A intenção da criação das praças terraço, a praça de acesso com anfiteatro e praça coberta é devolver para a comunidade o espaço tomado pelo edifício.


Entre os usos convidativos presentes no átrio central está o jardim interno, arquibancada atrelada à escada e rampas, central de co-working, café literário, mesas, cadeiras e pufes. Para que o edifício não obstruísse a passagem dos pedestres, o volume dos acervos e áreas de leitura foi elevado, criando um grande balanço que cobre uma praça.

Foi incluído um mural de arte de rua, onde as pessoas podem participar da arquitetura através do graffiti, pixo ou tag. Essa interação faz com que a expressão artística seja direcionada e envolve o usuário com o edifício, incentivando a utilização de seus serviços e a sua preservação.

Além de captar as águas das chuvas, reduzir o calor absorvido pela cobertura, a cobertura verde com ajardinamento extensivo de grama esmeralda, regada naturalmente com a água captada pelo próprio sistema humaniza o espaço das praças terraço. Ela oferece conforto ambiental, efeito visual e estético e a possibilidade de tirar proveito da área da cobertura, podendo proteger o edifício ao mesmo tempo que oferece um espaço flexível e verde para os visitantes, assim contribuindo para seu lazer e saúde.

A iluminação natural foi amplamente aproveitada, deixando grandes faces envidraçadas voltadas para norte e sul. Como a incidência de luz solar direta não é interessante para a leitura, foi feito um estudo utilizando cartas solares para descobrir a distância necessária para deixar o ambiente de leitura interno livre dos raios solares.

Por conta dos grandes vãos e da existência de um balanço sobre a praça coberta, lajes nervuradas de concreto armado foram utilizadas em todo o edifício. O sistema estrutural é misto, visto que a laje e a fundação são de concreto e os pilares são metálicos. A vantagem da laje nervurada e dos pilares metálicos é que podem ser pré-fabricados, otimizando o tempo de obra, diminuição de desperdícios e limpeza. O fechamento é em steel frame, que possibilita futuras mudanças de forma independente à estrutura principal e uma obra rápida e limpa.

Ficha técnica

Local: Av. Pedro Carrasco Alduan, Londrina - PR

Área: 5.849 m²

Ano: 2019

Projetos: Emily Tomine Kayukawa

Orientador: Prof. Lucas Raffo

© 2020 Emily Kayukawa Arquitetura. Tema base por RéguaArquiteto, editado com Wix.com.

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